“Gaviotas é um vilarejo com 200 habitantes na zona rural da Colômbia, com uma reputação mundial de desenvolvimento inovador. Sua abordagem é regida por uma forte preocupação quanto à qualidade de vida do vilarejo e ao meio ambiente natural. Seus habitantes asseguram atendimento às necessidades básicas: os moradores nada pagam pelas refeições, tratamento médico, educação e habitação. Todos os adultos têm emprego, ou nos vários empreendimentos locais que fabricam coletores solares e moinhos de vento, na agricultura orgânica hidropônica ou em iniciativas florestais. As necessidades sociais também são tratadas, através do ritmo das atividades cotidianas. Os membros trabalham juntos nos negócios do vilarejo e fazem suas refeições regularmente no grande refeitório, mesmo que cada residência tenha uma cozinha. Música e outros eventos culturais fazem parte da vida normal do vilarejo. Com o sustento e necessidades sociais plenamente atendidas, a atmosfera é de paz: a comunidade nunca teve força policial, cadeia ou prefeitura em todos os seus 33 anos de história. Normas comunitárias são estabelecidas pelos membros e impostas através de pressão social.
Gaviotas é conhecida mundialmente por suas muitas invenções, incluindo uma bomba d’água em que as crianças do vilarejo operam brincando de gangorra, moinhos de vento projetados para as brisas suaves das planícies colombianas, um aquecedor de água solar pressurizado e uma moenda de mandioca a pedal. As tecnologias enfatizam a qualidade de vida desses aldeões, como também de outras comunidades interessadas. Como questão de princípio – e em linha com seu interesse principal em melhorar a qualidade de vida e não apenas em gerar riqueza – os aldeões não patentearam suas invenções, que são livremente disponibilizadas. Milhares de moinhos de vento foram instalados por técnicos de Gaviotas por toda a Colômbia, tendo o desenho sido copiado em toda a América Latina.
Para os aldeões, bem-estar também significa pisar leve no meio ambiente. Gaviotas é hoje auto-suficiente em eletricidade, fazendo um uso amplo de energia solar e eólica e do metano produzido do esterco do gado. Seu antigo hospital com ar-condicionado e aquecimento solar (hoje um centro de purificação de água) foi considerado por uma revista de arquitetura japonesa como um dos 40 prédios mais importantes do mundo. Sua agricultura é orgânica. E é o centro do maior projeto de reflorestamento da Colômbia, tendo convertido dezenas de milhares de hectares de caatinga em floresta, da qual a população extrai e vende apenas resina, mesmo sabendo que a madeira seria mais lucrativa. Os aldeões acreditam que uma floresta sadia que gera recursos modestos é melhor do que uma mata exaurida, que proporcione um benefício temporário”.
(Fonte: Worldwatch Institute, Estado do Mundo 2004: 213)
Este é um espaço para discussão da Contabilidade Pública, bem como da própria Ciência Contábil, questões ambientais, informações e relacionamento com alunos e interessados.
Quem sou eu
- Professor Alexandre de Freitas Caneiro
- Rondônia, Brazil
- Professor e Chefe do Departamento Acadêmico de Ciências Contábeis da Universidade Federal de Rondônia. Mestrado em Administração. Especialização em Contabilidade e Controladoria. Contador. Graduação em Ciências Contábeis pela Universidade Vale do Rio Doce (UNIVALE-MG). Membro pesquisador do Grupo de Estudos e Pesquisas em Organizações – GEPORG, UNIR. Revisor de periódico. Foi professor em curso de pós-graduação lato sensu (IESA), da graduação em Ciências Contábeis (AVEC), Contador do Município de Vilhena/RO e Diretor Administrativo e Contador da Autarquia Municipal SAAE. Já exerceu funções de chefia, vice-chefia de departamento e conselho fiscal. Membro do Comitê Assessor de Extensão – CAEX/PROCEA e, do Núcleo Docente Estruturante – NDE do curso de Ciências Contábeis. Atua nas áreas de Contabilidade Geral, Contabilidade e Gestão Pública, Terceiro Setor e Ambiental e Controladoria de Organizações.